quinta-feira, 26 de junho de 2014

Na voz escapa o que a mente imagina
no teu corpo, esquinas, se perdem ruas
e sobram as horas e falta postura

No riso que é dado transborda ternura
e encolhem as aretas e alarga a rasura
e nasce o que é belo e extingue a feiura

No corpo por perto surge o teto
No chão não falta onde pisar
paredes erguidas em cores
sem prender, sem portas pra entrar

E correm os passos
surgem os laços
e correm ainda mais os passos
mas dessa vez sem poesia, sem rima.

Desconcertante
Sem jeito
Olhando pra trás.