sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Stalingrado - Parte I - A batalha.




 
 Talvez não seja preciso fazer tantas pesquisas para saber que a batalha mais decisiva e sangrenta de toda a segunda guerra mundial, foi a tentativa de invasão alemã ao território russo principalmente a individualidade da batalha na antiga cidade de Stalingrado, hoje chamada de Volgogrado.

Mas antes de falar da guerra em si, é preciso entender a importância da cidade de Stalingrado inserida no contexto do ano de 1940/41 e as razões do Füher para iniciar tal invasão.

Stalingrado possuia uma média de 400 mil habitantes, situada na margem direita do rio Volga, dona das mais importantes conexões fluviais e ferroviárias que ligava as regiões minerais e petrolíferas do cáucaso, abastecendo Moscou e outras áreas de importância. Então, o que leva Hitler a desejar ardentemente o domínio de Stalingrado?

 Entre outros motivos políticos e ideológicos os dois grandes motivos da invasão foram: Provocar um profundo abalo nos comunistas, tomando a cidade que levava o nome do seu líder(Stalin) e destruir as conexões fluviais e ferroviárias que levavam os alimentos e petróleo da região do Grozny e de Baku para as áreas mais industrializadas e povoadas da Rússia. "Sem pão ou gasolina eles não vão durar muito." Além de que Stalingrado era um imporatante centro de comunicação e possuía um grande parque armamentista.

Aqui começa a batalha que daria o rumo a 2° grande guerra mundial, aquele que saísse vitorioso teria em suas mãos grandes oportunidades de colocar um desfecho na guerra.

Ao todo, marchavam 74 divisões, das quais 54 alemãs. Dentre os aliados, seis divisões húngaras, oito romenas e seis italianas.
Inicialmente, a estratégia de guerra nazista chamada de blitzkrieg (guerra-relâmpago) fora novamente um sucesso, o que enchia de pré-potência o até então temido Führer.

Usando expressões populares, os alemães já cantavam vitória antes do tempo. O grande poder de discurso do Fuher enchia de esperança cada alemão, as rádios já anunciavam vitória. Hitler Ordena que o poderoso e temido pelo mundo todo 6° Exército alemão, com mais ou menos 300mil homens, marchassem em direção a Stalingrado.

Para preparar o campo de batalha e enfraquecer a defesa soviética, a força aérea alemã com uma leva de Junkers 88, Heinkel III e os terríveis vôos picados das esquadrilha de Stukas, jogarem somente mil toneladas de bombas sobre a cidade..



- Junker 88 em ação.








O grande Heinkel III em bombardeio.








Temida esquadrilha dos Stukas.








 Dia e noite a cidade era sacudida por milhares de bombas, sob intenso bombardeio nada restava por inteiro, os destroços se espalhavam por todos os lugares e as chamas dominavam as ruas, os alemães que cercavam a cidade usavam a seguinte frase: "vamos fazer o inferno na terra."


Stalingrado Após bombardeio.

No dia 12 de setembro de 1942, 6 divisões de infantaria e uma de Panzer tentaram dominar Stalingrado, mas foi inútil. Os Soviéticos escavavam a terra feito tatus para servir de trincheiras e o então general Chuikov, comandante do 62º exército soviético, um durão com cara de camponês, ordenou aos seus soldados “Todo homem precisa tornar-se uma das pedras da cidade”. E assim foi. A batalha de Stalingrado iria tornar-se tudo o que a infantaria alemã e seus comandantes menos desejavam, uma guerra trava corpo-a-corpo dentro de uma enorme cidade em ruínas.

Para termos uma idéia melhor de como estava a situação, uma das poucas elevações que restaram na cidade, a colina de Mamaev Kurgan, foi tomada e retomada umas oito vezes e com a ordem de Stalin de "Nem um passo para trás!" Os soldados comunistas lutavam por cada pedaço de esquina, esgoto, destroços, ruas, com granadas, à tiros e facadas, nada era dado de graça. Até mulheres ajudaram nas artilharias anti-aéreas.

 o que mais espantava os nazistas era a inexplicável febre russa em defender a cidade a qualquer custo. “Não entendo”- escreveu um piloto da Luftwaffe.- “como homens podem sobreviver a tamanho inferno, mas os russos continuam cravados nas ruínas, buracos e porões e no caos de esqueletos de aço que eram as fábricas.”

Um dos grandes símbolos da resistência russa, foi uma casa de vários andares, onde o sargento Yakov Pavlov abrigou seu pelotão. Fizeram buracos nas paredes para encaixar suas metralhadoras e seus anti-tanques e resistiram por 52 dias destruindo vários tanques e matando milhares de alemães, para se ter uma noção, ao passar de cada dia, era preciso desempilhar os corpos dos nazistas do lado de fora da casa para
que os atiradores tivessem uma melhor visão do campo de batalha.              
    
       
Corpos exército alemão.
Casa de Pavlov.

                                                                             
                                                   
Enquanto batalhões de mulheres, adolescentes e crianças cavavam trincheiras e enfrentavam  a Wehrmacht no auge do seu poder e onde cada soldado da linha de frente soviética tinha expectativa de vida de um dia, os russos estavam desenvolvendo um plano de contra-ataque, chamado 'plano Urano', secretamente tropas do exército vermelho se concentravam fazendo cerco nas laterais das tropas alemãs.

Bastou o inverno chegar e o plano de contra ataque ser colocado em prática.Em 19 de novembro às 5h, 3,5 mil canhões do Exército Vermelho acordaram os soldados romenos responsáveis pelo flanco norte com uma interrupta tormenta de aço. Então, um grande grito de “urra” foi ouvido na estepe, e os aterrorizados romenos viram 12 divisões de infantaria, três corpos de tanques e dois corpos de cavalaria emergirem da terra num ataque intenso. Em uma semana, numa investida fulminante, os russos haviam batido as tropas romenas e decepado o braço nazista. Isoladas, as tropas alemãs em torno de Stalingrado viam-se elas próprias cercadas. Começou então a longa agonia do lendário sexto exército de Von Paulus.


Sob uma temperatura de -40° e com poucos recursos, a sexto exército foi definhando e Hitler vendo toda essa situação agiu como um grande filho da puta(não acho outra classificação), mandando as seguintes ordens: "Rendição está fora de questão, morram de frio, morram de fome mas lutem até o fim!"


No dia 2 de fevereiro, porém, 91 mil homens, incluindo 22 generais alemães e o agora marechal-de-campo von Paulus – para desgosto do Führer, que esperava por um suicídio coletivo – se renderam. E, embora em 1943 a Alemanha estivesse longe da derrocada, esse foi o momento que Stalin tomou a frente da batalha e começou a invasão rumo a capital Berlim.









Um comentário:

  1. Gostei do post cara, discordo algumas partes mas ficou muito interessante, também gosto bastante da segunda guerra mundial e com certeza a resistência soviética mudou o rumo de tudo.

    Abraços!

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