sexta-feira, 18 de março de 2011

1 - Pensadores que negam racionalmente a existência de Deus.

1.1- Ludwig Feuerbach
1.2- Friedrich Nietzsche


2 – Pensadores que defendem racionalmente a existência de Deus.

2.1 – Henry Bergson
2.2 – Wlliam James

3 – Conclusão.























1.   Pensadores que negam racionalmente a existência de Deus.



1.1         Ludwig Feuerbach.

Feuerbach, nasceu em 1804 na cidade de Landshut que é capital da região da NiederBayern, na Alemanha. O seu caso é curioso pois desde cedo ele sentia vontade de conhecer melhor a teologia, mas quando estudade viu que não era aquilo que ele pensava.

Com isso, foi estudar filosofia, achando assim um ‘sentido’ para a sua vida. “Fora da filosofia não existe salvação”.

Na suas obras que posteriormente influenciaria o pensamento de Karl Marx, Feurbach afirma que todo homem que busca uma relação substancial entre o homem e Deus, é alienado.

Além de afirmar tal alienação humana, Ludwig afirma que a religião é um produto essencialmente do homem. Ou seja, a criação de Deus pelos homens, vem do fato das pessoas não conseguirem alcançar todos os seus desejos ou até mesmo saciar todas as suas necessidades, precisando assim criar um ser imaginário superior e adorá-lo piamente, assim ao adorar um Deus, o homem adora a ele mesmo! Pois Deus não passa de um projeção dos seus próprios desejos.

Pode-se concluir, pela linha de pensamento Feuerbachiana, que o homem nada mais é que o seu próprio Deus. Não se pode idolatrar nenhum ser imaginário, que foi criado apenas como projeção de um idealismo humano utópico, pode-se apenas tentar entender o Deus do homem, que é o próprio.


1.2         -  Friedrich Nietzsche

Nascido em Röcken(Alemanha), 15 de outubro de 1844, Nietzsche, ao lado de Karl Marx e Freud, é um dos pensadores mais controversos da filosofia.

Crítico ferrenho da cultura ocidental e consequentemente das religiões, ele considera o cristianismo como a religião decadente.

O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada”(Nietzsche)

Ao afirmar que “Deus está morto” ele assume o seu papel de pensador radical, analisando as religiões com agressividade e de uma forma pessoal.

A fé, é ignorar tudo aquilo que é verdade” (Nietzsche)

Ele acha que simplesmente não é necessário provar que Deus não existe, pois ele (Deus) é tudo que vai contra a vida, pois apartir do momento que as religiões impõe as suas normas e os seus dogmas, privam o homem de viver, privam o homem de evoluirem naturalmente as suas vidas.

Sendo assim, qualquer homem que não fosse submisso a um Deus ou a uma religião, seria livre e poderia buscar o verdadeiro conhecimento.

Aquele que sabe mandar, sempre encontra quem sabe obedecer.”(Nietzsche)

Apartir disso, Nietzsche afirma que os homens fracos e incapazes criaram a religião como forma de intimidar e se defender daqueles homens que ele caracteriza como ‘super-homens’. Somente aquele que causa repugnância são piedosos, somente a esses é prometida a felicidade eterna, enquanto os ricos e poderosos são considerados como os perversos, que dominam e exploram os fracos.

Com a morte de Deus, sente-se a necessidade de um substituto àquilo que era representado como divino. Eis que surge o Super-homem. O ser humano ou é fraco e segui uma religião como forma de proteção ou é super-homem e é capaz de mudar todos aqueles valores antigos, o único capaz de criar e destruir.









2- Pensadores que defendem racionalmente a existência de Deus.

2.1- Henry Bergson

Em suas obras, critica o positivismo e o materialismo. Ele defende a liberdade humana contra conceitos completamente científicos que querem apenas limitar a característica espiritual do homem a leis que são manipuláveis.

Afirma também que a ciência sozinha não é capaz de explicar tudo que acontece na realidade. É preciso uma experiência intuitiva e mística para se chegar a Deus e em contrapartida não se pode explicar a realidade só através da fé, precisa-se também desse lado racional.

Então, pode-se notar que ele não é contra a dissociação da ciência e da intuição, pois uma depende da outra, como o corpo depende da alma, é impossível separá-los.

2.2- William James.

Embora a religião possua um lado racional e metafísico em seus conceitos e doutrinas, é impossível encaixar a religião no âmbito do racional, pois o fundamento de tal é completamente baseado na fé. A fé é necessária para se entender Deus.

Sendo assim, James considera o fenômeno religioso é útil ao ser humano, pois pode levar o homem a um certo estado de conforto e satisfação, sendo assim mais uma área da experiência humana.













3. – Conclusão.

Pesquisando e estudando os pensadores que afirmam e os que negam a existência de um ser divino, percebe-se que os ateístas montados na razão e na explicação concreta dos fatos conseguem ser mais convincentes que os pensadores teístas.

É nesse ponto, onde pessoas que acreditam não se poder mais explicar alguns fatos da nossa vida através da razão – a morte por exemplo, para onde vamos quando morrer? Existe um outro plano? O que é a morte? – que surge a fé, que nada mais é que a plena crença naquilo que não tem explicação. Significa depositar sua confiança em algo que não é concreto.


A ciência acreditava que nossa galáxia com bilhões de estrelas e materiais cósmicos era o universo, agora com as novas descobertas em imagens existem bilhões de galáxias.
 Calculemos qual é o dimensão disso tudo. Imagine a terra num minúsculo espaço de uma galáxia, um fragmento de poeira cósmica, isolada de bilhõs e bilhões de galáxias. Onde fica Deus nisso?

 E caso existam bilhões de universos? A mente humana jamais compreenderá nada, somos um nada que veio do nada para o nada. O universo com suas próprias leis cria e destrói a seu bel prazer. A terra tem bilhões de anos, nós seres humanos alguns milhões de anos na terra que existiu outros milhões de anos sem nós.

 Em 24 horas da existencia da terra estamos por aqui a um minuto somente, e antes para que servia o universo? O Universo e a terra não precisa de nós para a existência.

Deus está na imaginação de nós, seres humanos. Cada um de nós criamos os nossos deuses e as nossas crenças, cada um sempre procurando aquilo que seja melhor para si.

O ser humano precisa procurar aquilo que lhe proporcione a felicidade, aquilo que ele realmente acredite e que vá de encontro aos seus ideais.

Um comentário:

  1. Ótima pesquisa, muito bom comentário.
    Na minha opinião esse ser como quer que o chamemos, Deus, Buda, Alá, Manitu, é obra exclusiva da necessidade humana, não há milhões de anos atrás como vc disse, mas milhares de anos, necessidade como bem dissestes acerca da vida e principalmente da morte.Somos os únicos viventes do planeta que temos consciência da morte,da finitude. E isso sempre nos levou a querer mais. Bípedes somos, cangurus e pinguins também são, gorilas e outros símios, mas não têm o conforto em andar sempre nas patas traseiras. Mas a principal mudança ocorreu dentro da cabeça. Pela seleção natural o cérebro foi aumentando e os mais "sábios" dominaram os menos "sábios" e pela sobrevivência os mais "aptos" tiveram descendentes e dizimaram os menos "aptos".
    Somos ainda assim, meros animais que temos que mamar, imagine Hitler mamando, Jesus mamando, Albert Eintein, Nietzsche, Freud, Platão, Sócrates, Sergio Andrade entre outros...(rs)
    E com toda essa conexão neuronal que possuímos nessa soberba cerebral não percebemos ainda que esse Ser, esse Deus, é obra imaginária, obra da fraqueza humana perante os desmandos da natureza e do universo. Uma foca ou um gato não sabe se existe inferno ou céu, vivem por viver. O céu e o inferno está aqui, no nosso dia-a-dia.
    Acredito plenamente no Grande Arquiteto do Universo, para mim ele pode ser um átomo, um filho ou eu mesmo!

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