Na beira do pensamento
Sentado o homem está
Apoiado, mãos no muro
Prestes a zarpar.
A viagem é sem rodeios
Direto ao ponto principal
Sente o baque, pisa o freio
Ânsia desproporcional.
No limite da loucura
Margeando o arvoredo
Em penumbras, névoa escura
Os trovões tartamudeiam.
E se em grama esverdeada
Sentado ele está
Não carece de perguntas, não duvida
Sente a brisa lhe afagar.
No peito guarda perguntas
Se caminha e nada vê
Não tem pressa, calmo e quieto
As pernas não podem correr.
A charada é irresolúvel
Pois não podes responder
Quem seria tal animal
Além de mim, e de você?
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