sábado, 24 de setembro de 2016

Na beira do pensamento
Sentado o homem está
Apoiado, mãos no muro
Prestes a zarpar.

A viagem é sem  rodeios
Direto ao ponto principal
Sente o baque, pisa o freio
Ânsia desproporcional.

No limite da loucura
Margeando o arvoredo
Em penumbras, névoa escura
Os trovões tartamudeiam.

E se em grama esverdeada
Sentado ele está
Não carece de perguntas, não duvida
Sente a brisa lhe afagar.

No peito guarda perguntas
Se caminha e nada vê
Não tem pressa, calmo e quieto
As pernas não podem correr.

A charada é irresolúvel
Pois não podes responder
Quem seria tal animal
Além de mim, e de você?







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